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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2019

Economia, sociedade e violência

(...) A violência na sociedade de mercado é omnipresente, endémica e evidente em todos os domínios da actividade social. Instala-se sob as formas mais insuspeitadas e nos interstícios mais recônditos da sociedade. Banaliza-se a morte violenta como consequência menor da acção legítima ou determinada pelo livre arbítrio individual. Promove-se o acto de matar e incentiva-se a destruição em nome do interesse particular, transitório e momentâneo. O que acontece adquire legitimidade pelo simples facto de acontecer. Desde os filmes e das séries de televisão, começando pelas infantis, oas jogos de vídeo, desde os sites da internet às letras das músicas e à linguagem corporal dos executantes, desde os eventos desportivos às relações interpessoais e às próprias declarações dos responsáveis políticos, verifica-se a prática sistematizada da apologia da violência sob todas as formas e através de todos os exemplos que legitimam e elogiam os comportamentos violentos. A agressividade e a violênci

O estado da direita

O que restou da direita política portuguesa é algo de muito indefinível e sem coluna vertebral. Esta situação originou-se por via da mesma ter começado a negar a sua essência, assim como se recusa a assumir-se de direita. Permeável ao politicamente correcto e muito densificada, esta mesma direita "estatelou-se" por completo sob a dominação cultural de esquerda. A esquerda ganhou o combate cultural porque a direita se demitiu das suas obrigações e a imposição das palavras e do vocabulário de esquerda permitiu que os seus esquemas intelectuais sejam hoje prática corrente. A dialéctica esquerdista é muito contraditória, não só em termos, como também na sua acção concreta. A demagogia esquerdista não quer saber dos interesses colectivos superiores e apenas admite a existência do interesse particular, a chamada «atomização da sociedade».   Os sofistas actuais, tal como os antigos, usam e abusam das subtilidades intelectuais, desvirtuam o significado dos conceito

Pré e proto história de Portugal

(...) o espaço físico onde, actualmente, se localiza este país chamado Portugal, tem sido submetido a influências diversas (...). Temos, hoje em dia, consciência da importância transcendental de disciplinas como a arqueologia no conhecimento do passado, e como tal, de nós mesmos. Segundo Adriano Vasco Rodrigues, em Arqueologia da Península Hispânica editado pela Porto Editora e a páginas 16, « a arqueologia sem o romantismo não seria possível. Foram os românticos dos finais do século XVIII e dos inícios do XIX que espalharam o gosto pelas ruínas do passado e o interesse na decifração dos seus mistérios .» Por outro lado, é sabido e reconhecido que os registos da nossa memória colectiva correm o risco de desaparecerem. Isto apesar e precisamente no momento em que começamos a estar mais bem apetrechados para os abordar e compreender com mais profundidade. Fruto de uma grande inconsistência, de uma grande falta de esclarecimento, de um desinteresse generalizado da opinião pú

Leituras: Guillaume Faye

Excelente livro este editado em Janeiro deste ano, pouco antes da morte do seu autor. O livro, que infelizmente não está editado em Portugal, nem estará porque é demasiado nacionalista e etnocentrista, para além de dizer as verdades que são incómodas para os multiculturalistas e afins, pode ser encomendado através da www.librairiefrançaise.fr. Custou 20,00 mais 2,50 de portes. Vale a pena. On ne note pas la moindre réaction de défense de notre peuple au passé vaillant, ni de celui d’autres pays européens, et encore moins le début de quelconques représailles contre les musulmans arabes et noirs, responsables de la plupart des crimes. On ne réagit pas, on pleurniche, on met des bougies et des fleurs sur le lieu des massacres. C’est peut-être le résultat d’une perte d’énergie collective, d’une lassitude soumise de la France d’en bas, face à des populations à la cruauté sans pareille, ou bien d’une

Eleições europeias

Decorre neste momento a campanha eleitoral para as próximas eleições europeias. O que se conclui do que se ouve e vê por aí? Conclui-se que, para não variar, a democracia e os seus representantes não estão preocupados com a democracia mas antes estão preocupados com as "gamelas" e com completar o máximo possível de lugares entre os seus "rapa-gamelas". As acusações entre os diversos candidatos são patéticas, roçam a boçalidade mais primária, são mais do mesmo no pântano democrático em que se transformou a política portuguesa. A irresponsabilidade dos candidatos é assustadora sem que ninguém possa disciplinar e moralizar o debate político. O desprezo por esta gente é brutal, só os mesmos e os seus aparelhos partidários, que se estão cagando para os eleitores e para a democracia, pensam que não e que o povo continua a ligar alguma coisa ao que dizem e fazem. Já se sabe que a abstenção vai ser altíssima, na ordem dos 70%. Evidentemente que essa ten

O socialismo é uma estrondosa negação

«Exceptuando o dogma da propriedade colectiva, não se necontra no Socialismo senão estrondosas negações, - disse um dia Almeida Braga, - baseado na asserção de Winterer: os Socialistas não ignoram o que querem derrubar, mas falta-lhes inteiramente a noção do que pretendem construir.» Os Socialistas não ignoram o que querem derrubar, mas falta-lhes inteiramente a noção do que pretendem construir. O Papa Pio XI sabia-o e anunciou-o: «Ninguém pode ser, ao mesmo tempo, bom católico e verdadeiro socialista.» Ao contrário do que publicitam os socialismos actuais, a desigual apropriação dos factores produtivos e, por extensão, a existência de proprietários, deve ser considerada legítima e harmónica com o interesse nacional. Essa situação constitui um estímulo ao trabalho, à riqueza e à produtividade. O único problema da propriedade é quando a mesma se reveste de ociosidade e ostentação e os detentores do dinheiro serem reconhecidos como classe dominante, apenas por

O golpe de Estado alemão

«A introdução do euro na Alemanha assemelhou-se a um golpe de estado. Em 1989 o Bundesbank apoiara uma proposta britânica de Nick Lawson sobre a concorrência monetária na comunidade europeia. John Major também tentara algo do género para o Reino Unido quando propusera o ECU: 13 moedas na união europeia sendo as 13 aceites como moeda legal. Mas o governo alemão rejeitou a proposta britânica de mercado livre; preferia a proposta socialista de moeda fiduciária. O governo alemão foi contra a vontade da maioria dos alemães que queriam manter o marco. Para tal, lançou uma campanha publicitária, com anúncios nos jornais a afirmarem que o euro seria tão estável quanto o marco. Quando os dinamarqueses votaram contra a introdução do euro, o orçamento da campanha publicitária foi aumentado: passou de 5,5 para 17 milhões de marcos. Os políticos alemães tentaram convencer os seus eleitores com um argumento absurdo: afirmaram que o euro era necessário para manter

A quantização da vida e da morte

Podemos definir a morte numa análise simplista como um ponto definido na escala do universo. A morte é o regresso à estrutura sub-atómica onde não existe dia ou noite, esquerda ou direita, em cima ou em baixo e onde tudo é, e não é, ao mesmo tempo. Mas este ser e não ser, para mais ao mesmo tempo, não é definível na nossa escala de valores, está para além da nossa compreensão. E isto acontece porque o mundo sub-atómico rege-se por leis que não têm paralelo no nosso mundo físico. O mundo sub-atómico não é um mundo físico onde existam estados de matéria definidos no tempo e no espaço como acontece nos mundos de matéria física. Lothar Schaeffer dizia: « A base do mundo real e material, é não real e não material .» Embora o mundo sub-atómico esteja para além da nossa compreensão, enquanto seres encarnados num mundo de matéria, o homem pode começar a compreender e é efectivamente o que tem acontecido. Como dizia o falecido Richard Feyman: « Deus não joga aos dados .»   Duas

O culto da terra e dos mortos - Influências do nacionalismo Alemão

Nos inícios do Séc.XX, a França opera um deslocamento radical para um nacionalismo de solo e de sangue. O que não é mais do que a consequência do rejeitar da cultura política universalista da época das luzes. Trinta anos antes da revolução Francesa a «enciclopédia» de Diderot e D´alembert define a nação como «uma quantidade considerável de povos que habita uma certa extensão de terras fechada dentro de certos limites e que obedece ao mesmo governo». Um ponto, e é tudo. Nem uma palavra sobre a história, a cultura, a língua e a religião: assim nasce o cidadão. Esta visão esclarecida político-jurídica da colectividade não sobreviverá aos primeiros anos da revolução Francesa. A revolta contra as luzes da segunda metade do Séc.XVIII, que da Alemanha passará à França, provocando um aumento das diferenças entre os povos de cada país e das suas comunidades de origem, dará origem ao nascimento do nacionalismo; o fundador da ideologia nacionalista foi um filósofo alemão, Johann Go

Estética racista - um maple do outro mundo

A fotografia em si é um disparate total, tem a sua piada, mas quem se deixa fotografar com um "humor negro" destes só pode estar a brincar ou a gozar. Conhecida a grande sensibilidade de algumas etnias a tudo que "cheire a racismo", não se compreende estes "revivalismos" totalitários. Mas se tivermos em conta a pessoa que está a servir de maple, é provável que se compreendam certos "revivalismos", a não ser que a dita pessoa seja uma escrava e aí, a história é muito diferente..

A perversão do sistema liberal segundo Soriano

« As côrtes. como já dissemos, são sempre filhas do suborno e capricho do poder, do qual mais se devem considerar como delegadas, do que representação da nação. Sendo a camara dos pares, ou hereditária, da inteira nomeação do governo, sem intervenção directa, nem indirecta da nação, não póde haver duvida que ella só representa o poder. Vejamos agora o que sucede, quanto á constituição da camara dos deputados, ou camara electiva. Como da maioria das côrtes depende a conservação dos ministros no poder, e a preponderancia dos differentes partidos politicos nos destinos do paiz, são as eleições parlamentares a primeira origem da perversão do systema liberal, olhando-as uns e outros como o mais grave e transcendente negocio do estado, e portanto o unico a que todos consagram os seus incessantes cuidados, e a sua mais particular attenção. Para se obter um triumpho eleitoral todos os meios são lícitos e decentes, por mais indecorosos e immoraes que sejam, não duvidando recorrer

Branquinho da Fonseca

Hoje dia 4 de Maio faz 114 anos que nasceu em Mortágua, Branquinho da Fonseca escritor português que se dedicou a vários géneros literários. Chegou a utilizar nos seus primeiros escritos o pseudónimo de António Madeira. Sem dúvida que o seu género literário preferido era o conto, do qual eu recordo com saudade do meu tempo de adolescente o seguinte: O Barão São várias as fontes que apontam O Barão como a obra-prima de Branquinho da Fonseca e , também, como uma das mais notáveis espécimes da novelística portuguesa de todos os tempos. Contudo, há discordância quanto ao género a que a obra pertence: uns defendem que se trata de um conto, outros de uma novela. O texto da obra é composto pela narração da viagem de um inspector escolar a uma zona remota da província, onde irá encontrar, na noite da chegada, a figura de um aristocrata excêntrico e decadente, o "Barão", que pouco a pouco se vai tornando enigmático, exercendo um fascínio cada vez maior

Comunismo - a negação do homem e do mundo

Tanto o super-capitalismo como o colectivismo são filhos do mesmo princípio fundamental da negação da unidade da natureza subordinada a Deus e que conduziu, inevitavelmente, o mundo ao barbarismo actual representado pela quase degradação do homem aos seus mais baixos instintos. O nivelamento por baixo e a escravidão são a consequência fatal da recusa à ajuda mútua e à unidade. O comunismo é a democracia individualista levada à sua expressão extrema. Na teoria e na prática é a negação dos princípios cristãos, inclusive daquele princípio enunciado por Gelásio: « Há dois poderes pelos quais é governado este mundo, o que é simplesmente distinguir entre Deus e César, mas sem negar os direitos de César» . O comunismo é o pior dos monismos democráticos representando uma fase da revolução, do qual a revolução francesa foi um simples episódio, mas com a característica imprevista de se revestir de uma forte autoridade. George Burdeau afirmava que é incontestável que o comunismo pr

Thomas More e a utopia

Porque imaginou More a ilha utópica com tantos traços de Inglaterra? Porque não a descreveu directamente? Na verdade as intenções do futuro chanceler não são fáceis de descortinar. A sua personalidade é forte e presencial e sobretudo complexa. More misturou com plena consciência disso as críticas e louvores ao seu próprio país com transposições e invenções fantasistas. Imprimindo a tudo isto a sua marca pessoal, espírito rico e subtil, com muito humor. More, tal como Erasmo, é um humanista cristão, altamente disciplinado no helenismo e na patrística. Revelam-se em More duas influências importantes no seu pensamento, a utopia da antiguidade representada por Platão e a mística da cidade de Deus de S. Agostinho. More pretendeu antes de tudo "um regresso às fontes", porque segundo o próprio, a erudição liberta da superstição, que possibilitaria ao catolicismo reinante as não degenerescências. More era um adversário das deformações do pensamento cristão através de

A igualdade envenenada

A igualdade é um veneno insidioso do qual todos nós acarretamos as suas consequências. Toda a gente sabe (os que forem sérios e descomprometidos com o politicamente correcto) que a igualdade nos actuais moldes, não existe, não pode existir. A igualdade enquanto conceito naturalista e conceito puramente filosófico manifesta-se na perfeição dentro dos seus limites, mas enquanto conceito político, a coisa é bem diferente. A igualdade surgiu na filosofia grega e mesmo que a "igualdade de todos os homens" ainda que não estivesse, porventura, de todo ausente na filosofia não chegou a pesar demasiado no pensamento político. O conceito de igualdade mantinha-se unido ao ideal de justiça. Mais tarde, com o estoicismo e o cristianismo o conceito torna-se mais directo e revelador, por participarem igualmente da razão universal (estoicismo) ou por serem criaturas de Deus (cristianismo), todos os homens são iguais em dignidade ou importância. Em ambos os casos o que se afirm

O fim da tradição e o princípio da auto-contradição

Nos dias que correm, o homem é incentivado a abandonar a crença em realidades superiores a si próprio ocultando a sua dimensão moral subjacente à espiritualidade. Tal conceito é hoje visto pelos «progressistas» como uma representação cultural adquirida pela educação, da qual é necessário "libertar amarras" e ao mesmo tempo, reverter «maquiavelicamente» a ordem e a hierarquia, subvertendo o dever de obediência e os sentimentos patrióticos, familiares e religiosos.     A grande confusão que impera sobre o domínio do "ser" e sobre o domínio do "ter" acompanha a transformação do homem num ser potencialmente livre, a um ser livre, mas apenas condicionalmente e sujeito a certas regras e códigos. O homem tornou-se no "lobo" do próprio homem. Chegados a este ponto qualquer dimensão ética desaparece da "equação".     Vejam bem o que se passa actualmente com a legislação sobre o "casamento homossexual"; o conceit