O politicamente correcto promove hoje a farsa da igualdade de meios e de circunstâncias entre a Guerra Justa - as cruzadas -, e a Guerra Santa - a jihad - perpetrada pelos fanáticos islamizados. De igual modo, ambas são consideradas "guerras de religiões".
A ideia equivocada e modernaça do pacifismo e da tolerância elevados a princípios, surgiu com as seitas religiosas dos finais da Idade Média, como por exemplo, os anabaptistas que, ironia das ironias, não hesitaram em pegar em armas e em chacinar para assim poderem afirmar a sua utopia de não fazerem revoluções ou guerras.
Este tipo de paralelismo fica-se muito pela rama e revela um enorme desconhecimento da religião cristã e da religião islâmica, o que não é de espantar tendo em conta que vivemos na era do disparate e da dislexia mental.
Existe uma diferença decisiva entre a Guerra Justa cristã e a Guerra Santa islâmica. Enquanto que a Guerra Justa cristã formulada por S. Agostinho muito antes do surgimento do Islão, tendo por princípio lógico ser conduzida por um soberano temporal para defender a nação e o Estado de agressões inimigas, a Guerra Santa é concebida como um acto unicamente religioso que esconde uma agenda política e social muito bem definida - a islamização do Ocidente. Através desta comparação percebemos melhor até onde chega o alcance da diferenciação entre autoridade espiritual e autoridade temporal, no caso do cristianismo, e da não diferenciação entre as duas autoridades no caso do islamismo.
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