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O terramoto social europeu

Da teoria à prática foi um passo pequeno. Do fim da Guerra Fria e da Era Industrial com a irrupção de novas tecnologias, sucedeu-se a globalização liberal e total, a hegemonia norte-americana e um super poder económico que controla a ética e a política. 
A integração europeia e o fim das moedas nacionais combinada com a abertura de fronteiras e a correspondente perda de soberania dos Estados, gerou a destruição do Estado do Bem-Estar e accionou as privatizações em massa. 
A globalização potenciou em muitos países europeus a incerteza, a dúvida, a insegurança económica e um aumento de uma certa delinquência psico-social, aliada à chegada sempre em crescendo de emigrantes oriundos de culturas muito diferentes e com modos de vida incompatíveis com os valores europeus. Numa era em que se fala tanto de valores, nunca os valores europeus que nortearam o mundo e a civilização com os seus progressos foram tão ignorados e odiados por uma elite de traidores, comprometidos com os grandes interesses financeiros gerados pelos sectores energéticos.

Estes acontecimentos geraram-se em cerca de 15 anos, o que precipitou um grande desgaste nas instituições políticas, financeiras, económicas e sociais. As mesmas estão desacreditadas, em processo acelerado de decomposição, e a desagregação social dos europeus está em sérios riscos de vir a suceder. 
Esta tentativa contínua de descredibilizar quem tem um discurso diferente do mainstream, de acusar os que querem abrir os olhos a quem insiste em mantê-los fechados, afirmando que a emergência das direitas conservadoras e nacionalistas é uma repetição do ambiente fascista e nacional-socialista dos anos 1940, é asneirola típica dos que estão comprometidos com a mentira para além de a comparação entre épocas ser de todo impossível nesses termos. Como se não houvesse alternativa para além de uma cripto extrema-esquerda detentora de todas as verdades e virtudes, para que o paraíso na terra seja uma realidade. O melhor dos mundos, neo-gnóstico e pantofóbico.

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