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Nacionalismo e tradição, leitura e escrita

Escrever algo que seja nos dias actuais que possa ser lido por um número considerável de pessoas tornou-se um exercício de puro delírio.
A própria palavra acima utilizada, "actuais", resume bem esta questão. Segundo os cânones do (des)acordo ortográfico, passa a palavra a escrever-se "atuais". Ora, hoje fica sem o c amanhã serão eliminadas as restantes letras...
Todos os grandes pensadores e orientadores da área nacionalista, como de Maistre, Bonald, Ficht, Hegel, Dubois, Évola e tantos outros, considerados intolerantes pelo "establishment intelectual", tinham de uma forma ou de outra conhecimentos das antigas tradições. Estas antigas tradições estão hoje bem longe de serem do conhecimento geral. Vivemos numa mentira. Vivemos numa mentira em que se define o presente com a perspectiva assustadora do futuro e da consequente morte. Para a mentira continuar a funcionar, as "verdades" dos conhecedores das antigas tradições não podem ser divulgadas, nem sequer indagadas ao de leve.

Mas o problema não se resume exclusivamente ao conhecimento ou desconhecimento das antigas tradições. A questão em si é muito complexa e não deriva apenas de um desconhecimento mais ou menos generalizado da história e de tudo o que a reflecte. De minha parte, o estudo continuará, com o de que melhor possa haver na área nacionalista, nacional e internacional.

Duas das mais poderosas "armas" do ser humano, que são a leitura e a escrita, estão hoje condenadas ao filtro inquisitório dos partidários da globalização. A globalização é inevitável é o que mais se ouve... mas inevitabilidade é saber que estamos noutra dimensão quando lemos o que devemos ler, o espaço aumenta a sua ressonância provocando uma sensação de deslocamento do tempo. Na realidade não há tempo, não passando o tempo de uma construção mental que dá sentido e orientação ao mundo de matéria no qual vivemos. Mas dizia eu que a leitura é um exercício imprescindível a todos os que queiram transpor-se para além das amarras do espaço e do tempo. A leitura tem de ser de boa qualidade, não poderia ser de outra forma, e cada um é que deve saber o que é leitura de boa qualidade, não sou eu que o vou aqui revelar, e como poderia fazê-lo? Mas há sinais, e quem estiver atento e minimamente receptivo captará esses sinais. Contrariamente ao que durante séculos nos têm dito, a leitura é um acto de "re-criação". E só lendo boa literatura se poderá escrever em conexão com aquilo que num estado equilibrado se poderá chamar de evolução. Os evolucionistas da globalização assustam-se com esta palavra, provoca-lhes visões e desfalecimentos vários....

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