Nos anos 60 do século XX, uma delegação sindical inglesa visitou os
principais centros fabris da antiga URSS. Ficou a mesma profundamente
impressionada com as más condições das fábricas soviéticas; deficiente
ventilação, péssimas condições sanitárias, maquinaria sem as devidas
protecções, mulheres a realizarem tarefas que em Inglaterra eram
unicamente realizadas por homens, baixos salários, etc. Segundo os cálculos feitos por
essa comissão sindical, um trabalhador russo casado e com 2 filhos,
pagava o dobro dos impostos em relação a um operário inglês nas mesmas
condições. Para comprar roupa, por exemplo, precisava do dobro ou até o
triplo de horas de trabalho relativamente a Inglaterra.
O paraíso marxista, panorama fantástico... mas transportando o cenário para a nossa actual época as condições miseráveis continuam...
Sustentava o marxismo que o governo do proletariado era uma
inevitabilidade. Esqueceu-se, muito convenientemente, que qualquer acção
de proletização das massas trabalhadoras corresponde ao
desaparecimento da personalidade. Esta situação impede a elevação da
classe trabalhadora a classe dirigente, porque o Poder exige, acima de
tudo, personalidade.
A luta de classes, outra brejeirice marxista, é uma noção anacrónica
baseada nos postulados da luta pela vida e da lei do mais forte, que os
tranformistas, com Darwin à cabeça, elevaram a dogma inatacável da
biologia. Dogma esse que depois se estendeu a outras áreas, quer
científicas, quer sociais e políticas. Até chegar às utopias do
«marxismo cultural».
Mabbot no seu livro, The State and The Citizen, faz
declarações demolidoras: «No sentido estrito da democracia, todas estas
tendências, são, indubitavelmente democráticas. Resta saber se tudo o
que é democrático é sinónimo de progressivo. O desenvolvimento
democrático pode não ser necessariamente desejável, e torna-se duvidoso
que a democracia possa ser usada com acerto e consistência na teoria
política.»
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