Heraclito, Demócrito, Epicuro e Lucrécio foram os ateus da antiguidade clássica. Manifestavam, ou pretendiam manifestar, um plano alternativo representativo quer no campo moral assim como no campo dos fenómenos naturais. Nos séculos XVII e XVIII o ateísmo passou a ser visto como uma reacção contra o poder da religião organizada, isto é, das igrejas, especialmente, contra o poder da igreja de Roma e dos seus zelotas da inquisição. A partir do século XIX o ateísmo conheceria um novo impulso, quando descobertas científicas vieram reforçar a convicção de que tudo podia ser explicado pela interacção das forças naturais, contrapondo um materialismo irredutível a todos os idealismos que admitissem o sobrenatural. Filósofos como Marx ou Nietzche, que proclamavam a morte de Deus, e polémicas como as suscitadas pela teoria da evolução das espécies proposta por Darwin permitiram a sedimentação de uma ateísmo teórico que teria expressão política no anticlericalismo radical ...
História, política, filosofia, estética e ordem. Os cinco princípios base de qualquer civilização que se preze. Numa era em que civilização é sinónimo de "erro do passado", a requalificação destes cinco princípios primordiais é premente.